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1. O s engenheiros mecânicos estiveram no centro da primeira e da segunda revolução industrial com a expansão da máquina a vapor e, mais tarde, com o automóvel e a eletricidade. Estamos ainda sob a influência dos impactos económicos e sociais destas mutações, assim como da terceira revolução industrial com o transístor, a eletrónica e as tecnologias de informação em geral;
2. Como demonstrou a última conferência em Davos, encontramo-nos no dealbar de uma nova revolução industrial, a quarta, centrada na tecnologia digital, na manufatura aditiva, nas tecnologias de produção distribuídas, nas tecnologias frugais (lean), por um lado, e nas alterações climáticas, por outro;
3. De novo, o Engenheiro Mecânico é chamado a dar o seu contributo para estes novos desafios. Seja nas várias tecnologias associadas à quarta revolução industrial, seja na produtividade e nos impactos na Sociedade;
4. O Colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros não pode deixar de contribuir para o debate e a análise destas mutações e da formação de base e ao longo da vida dos seus Membros.
Em particular, propõe para o seu plano de ação, de forma autónoma ou, quando julgado útil, em conjunto com outros Colégios:
Organização de um encontro anual do Colégio de Engenharia Mecânica integrando os temas mais relevantes para o exercício da atividade profissional;
Valorização da deontologia profissional e da integridade, enquanto valores essenciais da missão do Engenheiro;
S eguimento das grandes tendências na formação dos engenheiros
mecânicos em diálogo com as instituições nacionais de Ensino Superior e, sempre que possível, com outras instituições estrangeiras, contribuindo para o aprofundamento e atualização permanente da sua formação;
Organização de workshops para o aprofundamento dos desafios sociais e tecnológicos e o papel do Engenheiro, designadamente, sobre a quarta revolução industrial e sobre a reindustrialização, convidando a participar especialistas em várias áreas do saber;

Seguimento atento das implicações das alterações climáticas na Sociedade e organizar debates sobre os impactos nas tecnologias, em especial as da Especialidade em Mecânica (descarbonização nos transporte e na energia, eficiência energética, produção e armazenamento de energia, energias renováveis, climatização, regulamentação e certificação energética);
Organização de ações de formação específica contribuindo para
a atualização e qualificação profissional de engenheiros e o reforço das suas competências técnicas, científicas, de gestão e em aspetos envolventes da sua ação nas organizações e nas empresas (impactos económicos e sociais das tecnologias);
Avaliação, com vista à sua implementação, da criação de uma biblioteca digital especializada com acesso via internet pelos seus Membros;
A companhamento das oportunidades de emprego e de carreira
dos engenheiros nas empresas e na Administração Pública, valorizando publicamente as que apostam na inovação e na valorização dos engenheiros nas suas estruturas, incluindo as funções de direção e de gestão ao mais alto nível;
Organização de um programa de visitas de estudo a empresas e organizações para conhecer localmente a respetiva realidade;
Acompanhamento e divulgação das principais tendências legislativas e regulamentares a nível nacional e europeu, nomeadamente a adoção de novas diretivas e regulamentos das áreas de interesse para o Engenheiro Mecânico;
Divulgação dos programas de apoio à inovação a nível nacional e europeu, com particular destaque aos previstos no Portugal 2020, no Horizonte 2020, nas Plataformas Tecnológicas europeias e nos Clusters;
A companhamento de iniciativas relevantes no plano nacional e
internacional, nomeadamente a Web Summit, e aproveitar a sua realização nos próximos anos em Portugal para dinamizar o empreendedorismo e o financiamento de start-ups.

Janeiro/Fevereiro 2016 INGeNIUM

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