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ser EngenheirA

  • Carla Martinho
  • 23 de mar. de 2016
  • 1 min de leitura

Nasci um dia. Um bebé normal.

Cresci como criança. Uma criança independente, observadora e exploradora como muitas crianças. Não muito feminina diriam.. Passei a adolescência, período de grandes decisões, escolhas e dúvidas. Foi no final dessa adolescência que decidi ser Engenheira. Talvez pelo gosto pela matemática, pela minha estranha objectividade, influenciada seguramente pelo meu irmão mais velho, também engenheiro, mas de outras lides.

Queria ser alguém, precisava ser alguém. Isto de ser “croma” precisava de um ressarcimento importante. Tirei o curso no prazo e quando terminei pensei: “finalmente, vou trabalhar para as obras”! A minha carreira profissional tem sido um caminho ladeado de piropos indevidos, comentários sarcásticos e outros disparates mas também de um crescimento importante. Lutei por ser melhor que os homens, preteri da minha vida pessoal, procurando encontrar-me num patamar de equilíbrio. Como dizem... quem corre por gosto não cansa.

Lutei para ser reconhecida pelo meu valor, lutei pela igualdade de trabalho, lutei por um salário equivalente.

Fui mãe e continuo a lutar dia a dia para ser mulher e Engenheira, e por uma palavra a dizer, uma palavra que seja ouvida.

Apelo assim a todas as engenheiras, que lutem pelo nosso papel na profissão. Um simples passo pode fazer uma grande diferença. Votem LISTA B – MAIS ENGENHARIA.

Carla Martinho


 
 
 

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